Estava demais!
Pelo menos essa era a opinião de D. Nobuko que no seu mal falado português clamava por Justiça. Primeiro foi aquele menino chamado João Hélio. Depois uma bala perdida alcançou a menina Alana. E sem falar no que está acontecendo dia a dia…
Alguém disso: Esse tipo de pessoa tem que matar!
E Uzé ouviu a concordância de outros irmãos que estavam reunidos tomando café.
Gabriela, que agora estudava Direito, tentou dizer que isso não adiantava, que mais tempo de pena não iria resolver…
D. Fumiko disse: Bom, gente, o negócio é orar, orar e orar…
Enquanto Uzé ponderava, ele ouviu:
Gente, o negócio aqui só vai piorar até a volta de Jesus. O que a gente tem que se preocupara é com nós mesmos. Ainda bem que isso não aconteceu com a gente e Deus está nos protegendo…
Uzé bem que quis, mas ele achou que ficaria mais feliz se ficasse em silêncio do que soltasse aquele grito:
“Será que vocês também não estão cansados de ver tanta desgraça? Será que a gente não pode sugerir alguma coisa, como Igreja, para essa tal de violência?”