sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

No domingo esse assunto não podia ser deixado de lado…

No domingo esse assunto não podia ser deixado de lado…

Até o Pr. Vittor Emanuel mencionou no púlpito.

A Gabriela bem que falou, informada como era, que havia lido que a família estava saindo de um centro espírita quando tudo isso aconteceu.

O Sr. Kohako disse em alto e bom som: Está explicado! Somente podia acontecer esse tipo de coisa com quem mexe com esse tipo de coisa …

As palavras do Sr. Kohako foram como um rastilho de pólvora. Foi discussão para todo o lado.

O Uzé não era de muita discussão. Não gostava de entrar em controvérsia. Assim, ele foi saindo de fininho e ficou pensando consigo mesmo: Se isso tinha ligação, porque dificilmente a gente ouvia que nada acontecia quando as pessoas saíam dos templos do consumo, ou daquela loucura que era ver o Coringão no Pacaembu? Porque a gente não ouvia falar disso quando alguém saía desse ou daquele templo de uma determinada religião, ou mesmo quando um fariseuzinho saía, de Bíblia na mão, dando aleluia e glória a Deus?

Humildemente, o Uzé ficou em silêncio. Aliás, o silêncio foi um bom momento para refletindo ouvir a voz de Deus que, pensava o Uzé, chorava por aquele menino.

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

Porque vão gastar o meu dinheiro assim?

Uzé ficou pensando onde estava, bem como seus irmãos, quando tal projeto estava sendo planejado. Tá certo que não dava para fechar os olhos a realidade sexual precoce da juventude. Mas que virtude havia em ter máquina de camisinha nas escolas públicas? Que virtude havia em explicar, em uma cartilha, as reações que se tem quando se está beijando?

Enquanto estava indignado dentro de si, Uzé ficou pensnado se ele não estaria em um culto, ouvindo uma mensagem do púlpito, quando foi tomada essa decisão….

E a macarronada não desceu…

Era um dos pratos preferidos no Bar do Zé Elias. Como sempre, quinta era dia de macarrão com frango.

O Uzé, como sempre fazia depois de sua conversão, fechou os olhos, agradeceu a Deus e começou a “devorar” a macorronada e o frango de quinta-feira juntamente com a pequena garrafa do Guaraná Dolly que deixava lá para ser consumido durante a semana.

Como em quase toda lanchonete, havia um pequeno televisor por onde ele ia vendo as notícias do mundo…

Uma garfada, outra, e os olhos do Uzé ficaram marejados de lágrimas…Imediatamente ele sentia que continuar a comer era ofender a dignidade de Deus e do mundo pois nunca ele tinha ouvido aquilo: “Um pequeno menino de 6 anos havia sido arrastado por vários quilômetros na cidade do Rio de Janeiro em razão do carro onde estava ter sido roubado…”. É certo que um dos ladrões disse que não havia visto que o menino ficara preso, do lado de fora, no cinto de segurança. Mas isso era perfumaria… Uzé saiu para terminar seu tempo de almoço com os olhos marejados e clamando:
Senhor, o que será de nós?
O que você falaria ao Uzé?