No domingo esse assunto não podia ser deixado de lado…
Até o Pr. Vittor Emanuel mencionou no púlpito.
A Gabriela bem que falou, informada como era, que havia lido que a família estava saindo de um centro espírita quando tudo isso aconteceu.
O Sr. Kohako disse em alto e bom som: Está explicado! Somente podia acontecer esse tipo de coisa com quem mexe com esse tipo de coisa …
As palavras do Sr. Kohako foram como um rastilho de pólvora. Foi discussão para todo o lado.
O Uzé não era de muita discussão. Não gostava de entrar em controvérsia. Assim, ele foi saindo de fininho e ficou pensando consigo mesmo: Se isso tinha ligação, porque dificilmente a gente ouvia que nada acontecia quando as pessoas saíam dos templos do consumo, ou daquela loucura que era ver o Coringão no Pacaembu? Porque a gente não ouvia falar disso quando alguém saía desse ou daquele templo de uma determinada religião, ou mesmo quando um fariseuzinho saía, de Bíblia na mão, dando aleluia e glória a Deus?
Humildemente, o Uzé ficou em silêncio. Aliás, o silêncio foi um bom momento para refletindo ouvir a voz de Deus que, pensava o Uzé, chorava por aquele menino.