quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Uau! Já estava chegando mais um Natal e mais um fim de ano!

Uau! Já estava chegando mais um Natal e mais um fim de ano!

E parecia que o ano somente havia começado.
Agora, novamente, havia o culto de Natal, a reunião de Planejamento…
E era reunião atrás de reunião: reunião de avivamento, reunião de comunhão, reunião da comissão disso e daquilo… Até havia reunião dos sem comissão…

Quando estavam voltando de mais um culto de oração, a Yoriko, sem querer, deixou escapar isso:

- Puxa, será que a gente precisa de tanta reunião?
Uzé não falou nada, mas ficou pensando se não estavam saindo do plano inicial daquele que os havia chamado: Jesus Cristo. Mas quem era Uzé para falar isso?

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Ele estava muito assustado…

Enquanto digeria o seu jantar, Uzé estava vendo as notícias na sua televisão…
Viu, assustado, a ira de homens com camisas rubro-negras que, sem ingresso na mão, brigavam: tinha deixado esposa, filhos e até de ir ao emprego, por dois dias, para comprar ingresso para o Jogo do Flamengo.
Enquanto a comida estava em seu estômago, já meio desacordado, Uzé pensou em alguns homens, há mais de dois mil anos atrás, que também haviam deixado muita coisa de lado para seguirem alguém que chamavam o Rei dos Judeus.
Quanta coisa havia mudado…
Dos dois lados…

quinta-feira, 10 de maio de 2007

E o que ele ia dizer?

Quando ele ouviu o pessoal lá de casa vendo o Santo Homem e todos começaram a falar de aborto e, depois, de menoridade penal, o Uzé se preparou para sair de fininho já que ele não queria que ninguém lhe perguntasse sobre isso.

Ao ouvir as opiniões do pessoal lá de casa ele pôde ver que nem todos sabiam do que estavam falando.Mas, de um jeito ou de outro, viu que eles tinham opiniões sobre tais temas. Ele podia ou não concordar com elas.

Mas e ele, o que ele pensava disso?

Enquanto matutava dentro de si mesmo, ele se lembrou que na Santa Casa onde ele se reunia dominicalmente ninguém havia falado qualquer coisa disso…

O que você acha?

quarta-feira, 28 de março de 2007

Não fale nesse homem…

Será que era uma fraqueza ou a lembrança do tempo de infância.

Mas quando ele ouviu que aquele homem viria ao Brasil, ele começou a pensar em tirar umas férias e ir lá.

Puxa, ninguém saberia. Nem mesmo o Pr. Vittor Emanuel…

Mas será que era pecado?

Será que ele perderia a condição de membro da Igreja Metodista Livre de Áurea Batista?

Será que ele seria afastado do convívio pelos irmãos?

Pelo sim, pelo não, Uzé achou melhor ficar quieto e não dizer para ninguém que, se ele não fosse, ao menos tinha um grande desejo de estar lá na basílica de Aparecida quando Bento XVI viesse.

Se você ouvisse o pensamento do Uzé, o que diria?

E o que mais poderia ser?

Estava demais!

Pelo menos essa era a opinião de D. Nobuko que no seu mal falado português clamava por Justiça. Primeiro foi aquele menino chamado João Hélio. Depois uma bala perdida alcançou a menina Alana. E sem falar no que está acontecendo dia a dia…
Alguém disso: Esse tipo de pessoa tem que matar!

E Uzé ouviu a concordância de outros irmãos que estavam reunidos tomando café.

Gabriela, que agora estudava Direito, tentou dizer que isso não adiantava, que mais tempo de pena não iria resolver…
D. Fumiko disse: Bom, gente, o negócio é orar, orar e orar…

Enquanto Uzé ponderava, ele ouviu:
Gente, o negócio aqui só vai piorar até a volta de Jesus. O que a gente tem que se preocupara é com nós mesmos. Ainda bem que isso não aconteceu com a gente e Deus está nos protegendo…

Uzé bem que quis, mas ele achou que ficaria mais feliz se ficasse em silêncio do que soltasse aquele grito:
“Será que vocês também não estão cansados de ver tanta desgraça? Será que a gente não pode sugerir alguma coisa, como Igreja, para essa tal de violência?”

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

No domingo esse assunto não podia ser deixado de lado…

No domingo esse assunto não podia ser deixado de lado…

Até o Pr. Vittor Emanuel mencionou no púlpito.

A Gabriela bem que falou, informada como era, que havia lido que a família estava saindo de um centro espírita quando tudo isso aconteceu.

O Sr. Kohako disse em alto e bom som: Está explicado! Somente podia acontecer esse tipo de coisa com quem mexe com esse tipo de coisa …

As palavras do Sr. Kohako foram como um rastilho de pólvora. Foi discussão para todo o lado.

O Uzé não era de muita discussão. Não gostava de entrar em controvérsia. Assim, ele foi saindo de fininho e ficou pensando consigo mesmo: Se isso tinha ligação, porque dificilmente a gente ouvia que nada acontecia quando as pessoas saíam dos templos do consumo, ou daquela loucura que era ver o Coringão no Pacaembu? Porque a gente não ouvia falar disso quando alguém saía desse ou daquele templo de uma determinada religião, ou mesmo quando um fariseuzinho saía, de Bíblia na mão, dando aleluia e glória a Deus?

Humildemente, o Uzé ficou em silêncio. Aliás, o silêncio foi um bom momento para refletindo ouvir a voz de Deus que, pensava o Uzé, chorava por aquele menino.

quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007

Porque vão gastar o meu dinheiro assim?

Uzé ficou pensando onde estava, bem como seus irmãos, quando tal projeto estava sendo planejado. Tá certo que não dava para fechar os olhos a realidade sexual precoce da juventude. Mas que virtude havia em ter máquina de camisinha nas escolas públicas? Que virtude havia em explicar, em uma cartilha, as reações que se tem quando se está beijando?

Enquanto estava indignado dentro de si, Uzé ficou pensnado se ele não estaria em um culto, ouvindo uma mensagem do púlpito, quando foi tomada essa decisão….

E a macarronada não desceu…

Era um dos pratos preferidos no Bar do Zé Elias. Como sempre, quinta era dia de macarrão com frango.

O Uzé, como sempre fazia depois de sua conversão, fechou os olhos, agradeceu a Deus e começou a “devorar” a macorronada e o frango de quinta-feira juntamente com a pequena garrafa do Guaraná Dolly que deixava lá para ser consumido durante a semana.

Como em quase toda lanchonete, havia um pequeno televisor por onde ele ia vendo as notícias do mundo…

Uma garfada, outra, e os olhos do Uzé ficaram marejados de lágrimas…Imediatamente ele sentia que continuar a comer era ofender a dignidade de Deus e do mundo pois nunca ele tinha ouvido aquilo: “Um pequeno menino de 6 anos havia sido arrastado por vários quilômetros na cidade do Rio de Janeiro em razão do carro onde estava ter sido roubado…”. É certo que um dos ladrões disse que não havia visto que o menino ficara preso, do lado de fora, no cinto de segurança. Mas isso era perfumaria… Uzé saiu para terminar seu tempo de almoço com os olhos marejados e clamando:
Senhor, o que será de nós?
O que você falaria ao Uzé?